Uma das chaves do sucesso do relacionamento de determinada organização com o seu cliente é conhecê-lo bem. Essa missão fica a cargo do departamento comercial. No entanto, conhecer bem quem é o usuário que está se cadastrando requer muito mais do que uma estratégia de vendas. Vai tão além que há, inclusive, uma sigla na legislação brasileira que rege a maneira com que a empresa tomará conhecimento sobre o seu cliente. Essa sigla é KYC.
A KYC (Know Your Customer) não é um mérito apenas das grandes empresas. Todas as empresas estão vulneráveis a fraudes. É nesse momento que o KYC entra em cena. Siga conosco para saber mais!
Por dentro do KYC (Know Your Customer)
O KYC (Know Your Customer) significa, literalmente, “conheça seu cliente”. Numa startup, por exemplo, é o conjunto de estratégias de compliance alinhada com a prevenção de crimes como as fraudes de identidade, lavagem de dinheiro e o financiamento ao terrorismo.
No Brasil, a regulamentação se dá através da Lei 9.613/98, onde fala sobre a prevenção do uso do sistema financeiro brasileiro em crimes. Ou seja, a instituição ou empresa precisa exigir já no cadastro do usuário uma série de documentos e dados para armazenamento de informações sobre ele.
Uma das fases mais importantes é a do cadastro, e merece uma grande atenção. É durante essa fase que já é possível utilizar ferramentas para bloquear fraudadores ou criminosos.
O uso de tecnologias, como a biometria facial e a documentoscopia, possibilitam a confirmação se o usuário é quem ele diz ser, realizando um comparativo da documentação com uma base de dados do governo federal. Outras buscas também podem trazer informações de atividades profissionais, econômicas e pessoais.
Algumas empresas ainda podem realizar, periodicamente, essas buscas para monitorar o status do usuário e saber a sua situação com a justiça e sistemas econômicos.
O alinhamento do KYC (Know Your Customer)
As políticas de KYC (Know Your Costumer) estão comumente inseridas em instituições financeiras, empresas de crédito, fintechs e seguradoras. O foco principal é avaliar se o perfil do cliente é compatível com as movimentações, bem como monitorar as origens dos recursos financeiros. Entretanto, no Brasil, isso já deixou de ser ferramenta de grandes empresas, visto que pequenos negócios, incluindo startups, podem sofrer com as fraudes, caso não as evitem.
O primeiro passo para que o KYC esteja funcionando em uma empresa é a verificação de autenticidade de identidade utilizada pelo usuário. A empresa precisa ter convicção de que o usuário não é uma fraude e que ele realmente existe. Hoje, essa verificação pode ser feita de forma totalmente automatizada através de um onboarding que utilize as ferramentas de identificação corretas. Não se trata apenas de consulta de CPF. As organizações também precisam ser monitoradas, ainda com mais rigidez.
Em seguida, é efetuada a Due Diligence para análise de riscos. Tais estratégias possibilitam medir os riscos que cada cliente pode oferecer à empresa.
Há dois tipos de diligências, a Diligência Simplificada (SDD) e a Diligência Aprimorada (EDD). A definição do uso depende do risco que as transações têm. No EDD, alguns dados específicos precisam ser coletados, como:
- localização do cliente
- ocupação e fonte de recursos
- tipos de transações
- padrão esperado de atividade em termos de tipos de transação
- valores e frequência e método esperado de pagamento
Além da coleta no cadastro do cliente, é importante que a empresa mantenha uma recorrência na atualização dessas informações para diminuir riscos. Esse é o terceiro passo e um dos mais importantes, pois garante a segurança da instituição a longo prazo.
A abertura de contas e o KYC (Know Your Customer)
A abertura de contas é, talvez, o serviço mais imprescindível, comum e fundamental das empresas do mercado financeiro. É a abertura de contas que viabiliza que o cliente utilize outros serviços e que a instituição movimente valores. A possibilidade de ter uma conta bancária ou digital é vista como o símbolo máximo da bancarização. Entretanto, apesar de tão tradicional, a abertura de contas definitivamente mudou muito nas últimas décadas.
Em razão disso, o KYC para abertura de contas vem ficando cada vez mais forte do que nunca. Anteriormente, os clientes precisavam ir pessoalmente até uma agência física levando todos os seus documentos e comprovantes para solicitar a abertura de uma conta. Hoje, resolve-se em um aplicativo. Do cadastro, verificação até o fechamento, todo o processo pode ser realizado online.
Tais possibilidades abriram caminho para os bancos digitais e fintechs, que vêm dominando o mercado financeiro e prometem crescer ainda mais nos próximos anos. Enquanto isso, as instituições tradicionais, não querendo ficar para trás, passaram a investir mais e mais no mobile banking e no lançamento de soluções de inteligência artificial – além de recursos para melhorar a experiência do cliente, como análises do histórico financeiro.Agora que você pôde entender melhor o que é KYC (Know Your Customer), terá mais tranquilidade durante o gerenciamento dos seus processos. Solicite uma proposta conosco!
Equipe Diletta