resiliência-operacional

No setor financeiro dinâmico e interconectado de hoje, a resiliência operacional é uma necessidade para os líderes bancários, especialmente aqui no Brasil. Com um setor financeiro em constante evolução e o Banco Central do Brasil promovendo uma agenda de inovação e digitalização, as instituições bancárias enfrentam uma pressão crescente para adotar estratégias de resiliência. As ameaças vêm de todos os lados — ataques cibernéticos, mudanças regulatórias, até eventos climáticos — e têm o potencial de afetar profundamente as operações bancárias, causando impactos não apenas para o banco, mas para toda a economia. Isso é sentido principalmente nos novos modelos de negócios trazidos hoje pelas fintechs.

Em 2025, a resiliência operacional será um dos principais focos para instituições financeiras no Brasil, assim como tem sido em mercados como EUA e União Europeia. O Banco Central do Brasil vem implementando uma série de regulamentações e normas voltadas para a resiliência das instituições financeiras. Um exemplo disso é a regulação para a continuidade das operações no Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e o Programa BC#, que busca uma inovação segura para garantir a estabilidade financeira e resiliência do sistema.

Os bancos brasileiros, como em qualquer outro lugar, enfrentam uma série de riscos operacionais. Mas, além disso, lidam com características particulares: um ambiente digital acelerado com o Pix transformando o mercado de pagamentos, um grande volume de dados e a necessidade de compliance com novas regulamentações. A inovação, embora crie oportunidades, aumenta a superfície para potenciais ameaças. Com a crescente dependência de tecnologia, especialmente com o avanço de plataformas digitais e a popularização de fintechs, a resiliência se torna fundamental para garantir o funcionamento das operações bancárias em situações adversas.

A resiliência operacional ajuda os bancos a protegerem serviços essenciais, como o processamento de pagamentos, concessão de crédito e atendimento ao cliente, mesmo durante crises. E mais do que manter esses serviços funcionando, trata-se de adaptá-los e recuperá-los rapidamente sem afetar a confiança dos clientes no banco. No contexto brasileiro, onde o setor financeiro é central para a economia e atende milhões de pessoas diariamente, uma interrupção pode ter efeitos econômicos e sociais significativos.

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Pilares essenciais para a resiliência operacional no Brasil

Para construir e manter a resiliência operacional, os líderes no Brasil devem focar em pilares que considerem a realidade do mercado nacional:

  1. Gestão de Riscos e Governança: Em um setor altamente regulamentado como o brasileiro, a gestão de riscos precisa ser integrada e ampla. Isso inclui a identificação de ameaças cibernéticas, a análise de tendências de risco e o alinhamento das estratégias de resiliência com as normas do Banco Central. Simulações de desastres e revisões de planos de recuperação são essenciais para que os bancos estejam preparados para responder rapidamente a incidentes.
  2. Tecnologia e Infraestrutura: Investir em infraestrutura robusta de TI é crucial para a resiliência. Muitas instituições brasileiras estão migrando para soluções em nuvem e buscando escalabilidade para atender ao aumento na demanda de serviços digitais, como o Pix. Ter redundância de sistemas, backup em tempo real e recuperação de dados são práticas indispensáveis para garantir que, em caso de falhas, as operações sejam rapidamente restabelecidas.
  3. Conformidade Regulamentar: As instituições financeiras no Brasil devem se adequar a regulamentações rigorosas, que vão desde a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) até as normas de segurança do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Além disso, o BC está constantemente atualizando as regulamentações para acompanhar o avanço tecnológico no setor financeiro, como as diretrizes para Open Banking e Open Finance. A conformidade com essas normas precisa ser uma parte permanente da gestão bancária para assegurar a confiança e a estabilidade.
  4. Confiança do Cliente: No Brasil, a confiança dos clientes é essencial para a sustentabilidade de qualquer instituição financeira. Os clientes esperam que os bancos sejam capazes de operar sem interrupções, especialmente em um ambiente com expectativas cada vez mais altas para serviços rápidos e digitais. Proteger essa confiança exige uma postura proativa quanto à resiliência, além de uma comunicação clara em caso de interrupções, para que o cliente tenha certeza de que seus dados e recursos estão seguros.

Diversos bancos e instituições financeiras no Brasil têm investido em resiliência operacional com o auxílio de novas tecnologias. Por exemplo, grandes bancos como Bradesco e Itaú utilizam infraestrutura em nuvem e soluções de backup robustas para proteger as operações críticas. Além disso, o Banco do Brasil implementou uma série de protocolos de segurança digital que garantem resiliência contra ataques cibernéticos, garantindo o funcionamento de serviços essenciais mesmo em situações de crise.

Outro exemplo está nas fintechs que, impulsionadas pela popularidade do Pix e do Open Banking, têm adotado estratégias de resiliência focadas em processos ágeis e em infraestruturas digitais avançadas. Empresas como o Nubank, que operam exclusivamente no ambiente digital, apostam na segurança de dados e na continuidade dos serviços, aplicando redundâncias e investindo em monitoramento contínuo para reduzir os riscos de interrupções.

Contudo, a construção de uma resiliência operacional robusta e adaptável exige mais do que tecnologia. Demanda parcerias estratégicas com empresas de tecnologia e desenvolvimento de software que compreendam profundamente os desafios específicos do setor financeiro. Contar com um parceiro experiente, ágil e com uma sólida trajetória em soluções bancárias permite que as instituições financeiras se concentrem no que fazem de melhor, enquanto recebem suporte especializado para implementar rapidamente inovações, fortalecer a segurança de seus sistemas e responder de forma proativa a qualquer tipo de interrupção. Um parceiro qualificado traz uma perspectiva externa essencial, capaz de identificar pontos de vulnerabilidade e transformar cada um deles em oportunidades de fortalecimento, garantindo que o banco continue competitivo e preparado para enfrentar as adversidades do mercado. Essa colaboração é, portanto, um investimento fundamental para instituições que desejam consolidar sua posição de confiança no mercado e assegurar uma operação resiliente, segura e em constante evolução.

Equipe Diletta Pay

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